OS NOVOS AREÓPAGOS


A evangelização sempre foi a missão prioritária da Igreja. O Evangelho é a boa notícia que todos os povos esperam ouvir para que suas vidas sejam melhores. Deus conta com pessoas de boa vontade para cumprir esta missão. Paulo se colocou a disposição do Se-nhor como arauto de sua men-sagem de amor. Enquanto Je-sus percorreu apenas a região da Palestina pregando o Reino de Deus, Paulo percorreu um espaço geográfico muito maior. Em Atenas, ele se deparou com a cultura helenística. Depois de discutir com muitos em praças públicas, foi conduzido ao Areópago pelos filósofos epicuristas e estoicistas que queriam saber um pouco mais de sua nova doutrina (cf. At 17, 19).

O Areópago de Atenas era o lugar, onde, a cidadania era exercida em assembleias que tratavam de importantes assun-tos no âmbito da política e da religião. Paulo foi oportunista, pois, em meio à diversidade cultural, anunciou Jesus e a Ressurreição. Paulo estava cumprindo o mandato de Jesus de ser sua testemunha até os extremos da terra (cf. At 1,8). Ele encontrou muitas resistên-cias. Sua mensagem era loucura para os gregos.

Os desafios da evangelização continuam. O mundo se frag-menta cada vez mais. As gran-des instituições perderam in-fluência sobre os indivíduos. Muitas vozes são ouvidas na pós-modernidade. A Igreja se preocupa com a evangelização dos novos areópagos. Desde o Vaticano II, ela decide a abrir as portas para o mundo con-temporâneo. Muitos documen-tos e mensagens falam sobre os novos ambientes que carecem de evangelização. A Igreja quer se fazer presente nos grandes centros de decisões: os meios de comunicação social que são os grandes formadores de consciência; a cultura, res-peitando o que é de valor para cada grupo, povo e nação, ‘in-culturação’; pesquisa científica, colocando a vida em primeiro lugar; relações internacionais mais humanas e justas.

Os novos areópagos, grandes centros de decisões, precisam ser imbuídos dos valores evan-gélicos e humanos para que desempenhem com eficácia suas finalidades. Em síntese, precisam ser evangelizados e humanizados para serem evan-gelizadores e humanizadores.


Agnel Martins Alves
Seminarista – 4º ano de teologia. Diocese Caratinga.

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