Existencialmente pequeno, mas potencialmente gigante.
Tens capacidade biológica para viver mil vidas, vives uma.
Quem sobressaiu aos outros seres? Quem venceu as adversidades? Quem, quando não pôde mudar o espaço, evoluiu? Quem se assemelha a ti? Ou, assemelhas a quem?
Complexo. Contraditório.
Ris das desgraças e choras ante o belo.
És capaz de preferir o outro, ou anulá-lo.
Firma-te criando meios que aproximam e, quando próximo, foges, às vezes, em um click.
Apaixonas pelo distante, pelo inatingível, mas degradas o teu lar.
Crês no invisível. Desconfias do empírico.
Pequeno, sonhas ser grande, quando grande viras-te ao avesso a procura do elixir da juventude.
Insatisfeito com o que tens, mas resistente ao novo.
Tornastes a ti mesmo teu grande objeto e tua maior dúvida.
Estabeleces e “desestabeleces”.
Amas e odeias.
Vives o hoje, lembras do ontem, almejas o amanhã.
Tu és centro.
Tu és poeira.
Animal.
Racional.
Peregrino de três preces: quem és tu; de onde vens; pra onde vais.
Tens avançado consideravelmente na guerra contra a morte, obrigando-a a ver-se vencedora cada vez mais tardiamente. E como sabes da improbabilidade de vencê-la, mandas convidá-la à tua festa e a fazes sentar-se ante o teu projeto de tornar-te “O Criador”.
És tanto. E único.
Willis de Oliveira Gama
1º Ano de Teologia, SDNSR
Ótimo texto, parabés!
ResponderExcluirPenso que, de fato, essa busca do homem pelo ser grande o coloca a cada dia mais em contato com a pequenez que é própria dele mesmo.
ResponderExcluirparabéns, texto excelente. Cláudio