A relação humana, no passado, era marcada, muitas vezes, pela força física, através da qual as vontades do mais forte eram impostas. Acreditava-se em um futuro promissor nas relações humanas. Porém, não é o que se vê na atualidade, quando o homem está cada vez mais afastado do próprio homem, criando seu próprio universo de relações, dispensando uma afetividade sadia e manifestando atos violentos e inaceitáveis.
É evidente que pessoas assim não se controlam quando são desafiadas, sentem-se agredidas e não sabem lidar com suas frustrações. Perdem o equilíbrio e o bom senso e dizem desaforos com palavras que ferem e magoam profundamente quem com elas convivem. Não sabem o valor do silêncio e da alteridade. Ninguém sabe como será sua reação ou como se comportarão ao longo do dia. Um mosquito pode ser o estopim de uma explosão com consequências imprevisíveis.
Analisando as características que dizem respeito a este gênio forte, surge a seguinte questão: Reagir dessa forma é sinal de força? O simples fato de não suportar pequenas contrariedades revela que essa pessoa não compreende a si mesma. Essa incompreensão de si não permite uma compreensão do outro.
A capacidade de suportar frustrações é própria de quem tem firmeza de caráter e capacidade de superar dificuldades. É inadmissível que um ser humano dotado de razão e inteligência se descontrole totalmente diante de qualquer contrariedade e passe a ferir seu semelhante de modo físico ou verbal.
Este comportamento explosivo muitas vezes decorre da educação familiar, o ambiente no qual tal pessoa cresceu e aprendeu a relacionar-se com os outros, ou mesmo por cargas negativas que lhe são impostas.
Portanto, é necessário aceitar diferenças, tentar conhecer e compreender a pessoa do outro, diante de suas limitações e inquietações.
Elias Garcia de Moraes
3º ano de filosofia, SDNSR
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